terça-feira, 18 de agosto de 2009

Bichos da nossa terra

Os animais da Caatinga são diversificados e andam em pequenos grupos. São eles, os bravos animais da região, que sobrevivem à seca e as adversidades do clima, proporcionando um espetáculo de cores, um milagre da natureza. Vão desde répteis comuns do ambiente seco (44 espécies de lagartos, 47 espécies de serpentes e 3 de crocodilos) a mamíferos de pequeno e grande porte, passando por aves, anfíbios (9 espécies) e quelônios (4 espécies). Alguns deles encontram-se em vias de extinção - mais especificamente 20 espécies - e têm causas em seu apoio para serem preservados. Vamos conhecer um pouco mais a respeito desses animais tão peculiares.

• Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii): restrita ao Piauí, Maranhão e extremo Norte da Bahia (Sul do rio São Francisco), chega a medir até 57 cm. Apresenta plumas azuis, asas e cauda muito longas e escuras, bico negro com um grande dente maxilar e íris mostarda. Seriamente ameaçada de extinção, não consegue-se mais observá-la em vida livre. Só existem 78 animais da espécie no mundo - 8 delas no Brasil -, tornando-a uma das mais raras espécies animais. Apresenta hábitos herbívoros (manifestando preferência pela fruta conhecida como buriti), mas em cativeiro é alimentada com uma espécie de massa. A devastação de árvores da Caatinga compromete a reprodução do animal, que faz ninhos ocos em plantas altas e velhas. Outros de seus nomes populares são: arara-celeste, arara-do-nordeste e arara-spixi. O nome científico da espécie é uma homenagem ao naturalista alemão Johann Baptiste von Spix.



• Carcará (Caracara cheriway): Falconídeo tipicamente brasileiro, também pode ser conhecido como carancho e cará-cará. Apresenta uma espécie de chapeuzinho preto na cabeça, que se distingue pela pelagem branca ao redor dos olhos, também preta no resto do corpo e amaronzada com listras escuras no peito. Diferentemente dos falcões, não é um predador ativo, e sim "oportunista", alimentando-se de presas fáceis, como anfíbios, roedores e insetos. Pode atacar criações de pequenos caprinos, geralmente acompanhado de urubus. Pode aproximar-se de humanos que possuem pequenas propriedades de terra.


• Onça-Pintada (
Panthera onca): Muito similar à primeira vista com o leopardo (é fácil diferenciá-los pela diferença do padrão de pintas), a onça-pintada teve origem nas regiões mais quentes e secas do Brasil, Argentina e Estados Unidos. Pode medir até 2,60m e alcançar os 115kg. É o maior mamífero carnívoro do país, necessitando de pelo menos 2kg de alimento (composto de antas, capivaras, queixadas, tamanduás e outras presas fáceis, já que trata-se de uma exímia caçadora) por dia. É a única espécie de felinos que ataca as presas com mordidas na cabeça. Classificada como "Quase ameaçada de extinção", a onça vem perdendo gradativamente seu espaço natural, que tem sido devastado através do desmatamento para criação de áreas agrícolas ou cultivo de animais. Isso tem intensificado o ataque de onças a rebanhos de bovinos para obtenção de alimento, já que, também, tem se verificado um declínio na população das presas naturais do animal. Símbolo da fauna brasileira, também pode ser conhecida como jaguar ou jaguaretê, que tem origem do termo guarani jaguarete.




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