quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A economia do sertão é foco de livro de Jorge Caldeira



A vida comercial do sertão nordestino nunca foi considerada um assunto de grande relevância pela história brasileira. Isso até que o jornaista e escritor Jorge Caldeira fizesse uma pesquisa profunda sobre o tema.

O resultado está no livro O Banqueiro do Sertão, que ele veio divulgar no último dia 20, no Projeto Terceiras Terças, promovido pela Livraria Realejo, em parceria com o Sesc.


A obra conta a trajetória do padre Guilherme Pompeu de Almeida, filho de um rico industrial, que almejava um posto na Companhia de Jesus. Devido a vários acontecimentos, ele acaba por seguir os passos do pai e se torna um negociador de sucesso a partir do momento em que começa a emprestar dinheiro para descobridores de ouro.




Segundo Caldeira, as relações que se passavam no interior do sertão eram tidas como secundárias, pois naquela época consideravam o grau de importância de uma cidade de acordo com sua proximidade com a metrópole.

Isso é um mito, afirma o escritor. Com base na documentação que usou de apoio para escrever o livro, ele prova que não só a vida cotidiana no sertão era intensa, como também era complexa a teia de relações sociais e econômicas que estavam por trás da vida naquela região.

O leitor encontra em O Banqueiro do Sertão muito mais que uma biografia em ritmo de romance. A mistura entre povos, as particularidades e o desenvolvimento das relações sociais e comerciais da sociedade sertaneja fazem do livro, além de uma fonte de cultura, um instrumento de conhecimento sobre essa realidade.

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